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O poder que as palavras não têm.

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Para Neyara, na esperança de que, um dia, uma voz atenda do outro lado da linha. Sempre ouvi dizer que palavras tinham poder. E por isso decidi ser escritor, pois quis acreditar que minhas palavras poderiam mudar o mundo. Mas hoje, enquanto escrevo este texto, meu pai está doente e, de repente, toda a fé que tive na minha profissão se perdeu. Afinal eu sempre rezei para ter alguém do meu lado na hora de sua morte. Mas cá estou eu: sozinho! Pois meus amores me deixaram e minha mãe morreu cedo. E embora eu ainda sinta a presença de todos, eles não poderão segurar minha mão, quando meu pai der seu último suspiro. E se essas benditas palavras tivessem poder, minha mãe estaria aqui e eu faria alguma destas minhas viagens ao seu lado e a perguntaria se ainda me ama – mesmo após a morte – e se ela me acompanha de pertinho ou se me vê apenas de longe, como se nós – os vivos – fossemos pontos brilhantes no firmamento do paraíso. E finalmente abandonaria aqueles meus atos aluci