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A REINVENÇÃO DO AMOR

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A REINVENÇÃO DO AMOR –  O amor não como aconteceu, mas como você se lembra  – O que você faria se tivesse a chance de viajar no tempo e rever sua última história de amor? E se, nesse momento, você descobrisse que, desmentindo suas recordações, o seu ex-amor não foi realmente como você imaginou? Será que, com o passar do tempo, você não descartou as péssimas lembranças, as brigas, os pais possessivos, as mães loucas, os atrasos constantes, o ciúme doentio e se concentrou apenas nos pontos positivos? Depois de espetáculos macabros e sangrentos, como “ O Incrível Segredo da Mulher-Macaco ”, encenado no Rio de Janeiro por mais de dois anos e elogiado pela revista Veja-Rio, e “ O Misterioso desaparecimento de Deborah Rope ”, cerne da dissertação de mestrado do diretor, Saulo Sisnando volta às comédias românticas – tais como “ Cartas para Ninguém ” e “ Útero ” – e pede à plateia para reviver suas histórias de amor como elas aconteceram, tirando as máscaras de seus ex-amores e

o conto triste de quem ficou

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Hoje faz dois anos que tu morreste, meu amor. E embora dois anos pareça muito tempo, na nossa casa nada mudou. Os móveis estão no mesmo lugar de sempre, as paredes ainda estão pintadas de azul. Tudo esta igual! E eu... eu ainda continuo dormindo apenas do lado direito da cama e, às vezes, me pego colocando dois pratos na mesa. O canário morreu!... mas já comprei outro para pôr na gaiola. Os peixes... sempre compro da mesma espécie: são cinco peixes dourados e dois daqueles miúdos. Um aquário, um universo permanente. Estático. Eu emagreci um pouco, as roupas ficaram frouxas e eu tive que comprar novos vestidos. Todos vermelhos!, pois era a cor que tu sempre disseste que me caía bem. Ainda ando com a aliança presa no dedo. Semana passada aconteceu uma coisa engraçada. Fui ao médico e, na saída, ele mandou lembranças para ti. Não tive coragem de dizer que já tinhas morrido, meu amor. O telefone parou de tocar. Nossos amigos não ligam mais... não perguntam mais se estás mel

Para os infinitos

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Para o Pedro , na certeza de que sempre terá o abraço de seu pai. Então tudo passa, e o Pedro - o filho da sua melhor amiga - nasce. E você descobre que coisas grandiosas acontecem diariamente no mundo. E coisas lindas e minúsculas também. E em quase dois anos, alguns amigos vão fazer doutorado no Rio de Janeiro, e outros voltam de Macapá, e outros engravidam, e uns abortam, e muitos parem. E um vem passar a Páscoa com a mãe, e duas querem que você escreva peças de teatro para elas, e aquele emagrece para ficar com barriga-tanquinho, e qualquer um se muda para a Austrália para esquecer um amor (sem conseguir). E no meio de tanta vida você se vê vivendo muita coisa. Nesse tempo em que estão separados, você foi à macumba e descobriu que era filha de Oxalá com Oxum, e se viu devota de Santa Teresinha, e aprendeu a dançar – para que você não precisasse mais dos passos alheios, mas tivesse a sua própria coreografia. E começou a psicoterapia: fez constelação familiar,