O misterioso desaparecimento de Deborah Rope




Uma mulher impossibilitada de sair de casa. Um terapeuta maluco. Um marido canalha. Uma escritora voluptuosa. Uma telefonista insistente. Uma “coisa” dentro de uma jaula. Um livro inacabado. Várias paixões devastadoras. Um crime insolúvel. E muitos enigmas.
Após viajar por estados do norte e nordeste com a peça “Quatro vs. Cadáver” e depois de estrear, no Rio de Janeiro, o espetáculo “O Incrível Segredo da Mulher-Macaco”– no Festival internacional de Teatro de Angra, para uma platéia recorde de 2.000 pessoas por apresentação –, o diretor e dramaturgo Saulo Sisnando volta para a terra natal, com um espetáculo que é parte integrante de sua dissertação de mestrado.
Neste novo projeto, propõe-se a fazer uma “peça-filme”; algo jamais realizado na capital paraense. Reunindo suas duas grandes paixões – teatro e cinema – numa só peça, Saulo Sisnando convida a platéia a assistir um espetáculo que é parte filmado, parte teatralmente encenado. Uma espécie de cinema teatralizado... Ou seria teatro filmado? Desafiando a platéia a ver um filme sendo feito ao vivo. Reunindo no palco a perfeição distante do cinema e imprevisibilidade do teatro.
Por meio de “O Misterioso Desaparecimento de Deborah Rope”, o diretor pretende atrair para o Teatro Cuíra, não apenas os amantes do teatro, mas também os apaixonados pelo cinema. Através da história macabra e cômica de uma escritora de sucesso, que tem uma relação de idolatria e ódio com sua fã nº 1. Uma trama maluca, que envolve manuscritos roubados, crimes passionais e mulheres fatais dissimuladas.
Esta peça-filme é uma celebração ao cinema clássico americano e àquelas histórias recheadas de gângsteres, mulheres submissas, maridos cruéis e femme fatales.
Mergulhando no universo de filmes de Hitchcock e Howard Hawks e assumindo a paixão pelas grandes divas do cinema, como Ingrid Bergman e Lauren Bacall, “O Misterioso Desaparecimento de Deborah Rope” é uma peça luxuosa, com figurinos deslumbrantes – que parecem saídos dos filmes clássicos –, interpretações afiadas, cenários virtuais e muitos personagens filmados, que interagem com atores ao vivo.
O espetáculo possui, ainda, alguns vídeos produzidos por outros artistas como Orlando Simões e Suanny Lopes, que ilustram alguns momentos da peça-filme e revelam segredos da trama. Por último há também a música original de Christian Perrotta, que na voz de uma atriz cantora, ganha contornos hollywoodianos.
Esta é, portanto, uma peça glamorosa como poucas vezes se viu em Belém. É ao mesmo tempo, como não podia deixar de ser, uma comédia louca e sofisticada bem aos moldes das demais peças de Saulo Sisnando, que tanto fizeram sucesso em Belém e que agora migram para outros centros, como o Rio de Janeiro e São Paulo.
O Misterioso Desaparecimento de Deborah Rope é um filme. É uma peça. É uma obra de arte única, que desperta na platéia risos e sustos... e algumas outras sensações secretas! É o resultado de um ano e meio de estudo e dedicação. É uma homenagem ao cinema americano e ao teatro brasileiro. É uma celebração aos tempos que já se foram e a uma sensualidade discreta que não existe mais. É, por tudo isso, mais do que uma peça qualquer. É, sim!, uma peça-filme imperdível.




O Misterioso Desaparecimento de Deborah RopeTodos os Sábados e Domingos de junho/2011
Às 21h
No “Teatro Cuíra” – Riachuelo Esq. 1º de Março
Ingresso: R$ 20,00 (meia entrada para estudante)
Informações: (91) 81773344
Twitter: @saulosisnando




FICHA TÉCNICA:
Texto e Direção Geral:

Saulo Sisnando
Direção Assistente:
Gisele Guedes

Elenco:
Personagens Reais:

Flávio Ramos
Marta Ferreira
Adelaide Teixeira
Luiza Braga
Nilton Cézar
Personagens Virtuais:
Gisele Guedes
Saulo Sisnando
Luiz Thomaz Sarmento
Giulídia Dias
Personagens Invisíveis:
Dina Mamede
Rony Hofstatter

Projeções:
Leonardo Cardoso
Marcelo Andrade
Figurinos:
Deborah Lago
Perucas e Maquiagem:
Baety Magalhães
Iluminação e Fotografia:
Sonia Lopes
Execução de Sonoplastia:
Gisele Guedes
Música original:Christian Perrotta
Letra de Saulo Sisnando
Videos:
Saulo Sisnando
Orlando Simões
Suanny Lopes
Cartaz e Fotos de divulgação:
Giulídia Dias

Comentários

  1. Vi a peça-filme e AMEI, simplesmente magnífico!
    Ainda vão se apresentar em algum lugar em julho?
    Seria fantástico prolongar o que é 'pai d'égua'!

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