SOLIDÃO


Minha solidão tem o abraço úmido, estático, gelado,

De quando, às cinco, entre cobertas, desligo o ar-condicionado

E o silêncio ausente penetra o quarto, como se riscasse o traço

De uma nave rumo ao desconhecido limite do espaço

Onde o 'não-te-ter' talvez tenha significado sigiloso

Que deuses escondem para manter o cosmos assim tão grandioso


Como pode tanto, tudo... virar pó, poeira, nada

Tua presença sendo levada, rápida, após tão curta lufada,

Que deixou apenas minha expectativa jogada, solta, congelada

E a minha essência perdida, louca; Em gelo, petrificada.

[?]


Saulo Sisnando

25.11.202



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