TEATRO

 


Não vivo mil vidas no palco,

Mas a minha vida mil vezes

Percorro meu labirinto de dores

Parar dar a outras vozes cem cores

 

Não vivo mil vidas no palco

Isso seria tão-somente uma fuga

Teatro não é partida, é cura,

É quebrar, por ofício, a armadura

 

Em posse de uma sutil invisível espada

Revelo cada aflição, camada a camada

E qualquer lembrança, pela piedade, apagada

 

Dá à personagem sua voz, maior autoridade

para enfrentar, sob luz violenta, tempestade

e entregar ao público... a verdade.


20.12.22

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